03/01/2022 10:14:00

Por que carro elétrico não tem cambio?

Confira:

Por icarros.com.br

Em tempos recentes, a grande maioria das montadoras marcham rumo à eletrificação de suas frotas e está cada vez mais comum ver veículos movidos a baterias nas ruas.

Além de não precisar de combustível, os modelos elétricos não precisam de sistema de embreagem e aquele câmbio como conhecemos em modelos a combustão, um alívio para quem se preocupa com manutenção.

Mas você já pensou no porquê destes carros não terem câmbio e, mesmo assim, conseguirem andar?

Nos carros equipados com motores elétricos, o torque é entregue desde a primeira rotação. É só pisar e a potência do motor está ali, quase que sem perda.

Por conta disso, um sistema de engrenagens comum não suportaria um conjunto 100% elétrico, já que a rotação de um motor elétrico pode ultrapassar facilmente os 10.000 rpm, sendo que um carro esportivo dificilmente passa disso.

Para esses modelos, como é característico deles, uma única marcha pode trabalhar muito bem em baixas e altas velocidades. Sendo assim, o motor elétrico, chamado de propulsor, é conectado diretamente ao diferencial fazendo o veículo se movimentar.

Um fato curioso é que, mesmo que os carros elétricos não tenham câmbio, há grandes chances de isso não significar o fim dos câmbios como conhecemos.

Em modelos esportivos como o Porsche Taycan, a marca alemã ZF desenvolveu um câmbio de duas marchas: a primeira reduzida apenas para permitir o movimento de início mais forte e a segunda “marcha” sendo o sistema onde a rotação e a tração suportam altos RPM.

Um ponto negativo desse modelo de câmbio, no entanto, é a diminuição de autonomia das baterias, pois quanto mais rápido o modelo, maior é a energia requisitada para isso.

Você pode agora estar se perguntando: e a marcha ré? Pois bem, ela está ali, mas funciona de uma forma um pouco diferente. Neste caso, como o motor está ligado diretamente à transmissão, é necessário apenas inverter sua rotação e guiar na direção oposta e, assim, o veículo irá para trás.

Poderia, inclusive, acelerar em ré na velocidade máxima, se isso não fosse limitado propositalmente por questões de segurança.