Top 10: Carros interessantes que logo chegarão ao Brasil

Em breve o mercado nacional terá alguns carros interessantes, entre nacionais e importados.

Ainda que existam promessas de modelos bem legais, como alguns carros de luxo, o mercado nacional busca opções que saíam da curva.

Mesmo assim, produtos tradicionalistas entrarão em ação para ampliar um nicho criado pela Fiat Toro, assim como há espaço para picapes de chassi.

Entre os pequenos, ainda há oportunidades de surpreender, especialmente quando a proposta é estilo.

Também a eletrificação exigirá de algumas marcas uma posição definitiva, especialmente em termos de preço.

1) Nova Chevrolet Montana

A Chevrolet Montana 2023 chegará no próximo ano como a primeira rival de fato da Fiat Toro. Na surdita, a GM desenvolveu o produto na Coreia do Sul e em sua fazenda de testes no interior paulista.

Dando a volta por cima, afinal, a segunda geração foi uma involução da primeira, a Nova Montana promete peitar a vice-líder dos comerciais leves assim como Onix, Onix Plus e Tracker em seus segmentos.

Para isso, contará com uma linha de produção própria no ABC paulista e opção de motor que antes se esperava ser o 1.3 Turbo de 160 cavalos, de origem chinesa, mas agora há um 1.5 Turbo novo.

Este tem 180 cavalos e pode ser um rival direto do GSE 1.3 Turbo da Toro. Com cabine dupla e visual expressivo, a picape da Chevrolet poderá ainda usar artifícios da S10 para vender mais.

Nesse caso, opções como Midnight, Z71 e High Country não serão estranhas. Monobloco, promete ser leve e eficiente, assim como versátil no uso para lazer e algum trabalho.

2) Novo Citroën C3

Ainda que seja um hatch, o Novo C3 parece mais um crossover, como comumente o mercado está mandando, porém, a proposta da Citroën considera a designação em seu contexto, ou seja, um carro de entrada.

Unindo os dois segmentos, diferente do Fiat Pulse, o Novo C3 será o primeiro “SUV popular” do mercado, com nível de acabamento simples e motorização idem, para custar menos e reaquecer as vendas da parisiense.

Trata-se de um produto de estilo ousado, como ocorre geralmente na Citroën, compartilhando a plataforma com o Novo 208 e com foco no preço, como a própria marca indicou em seu lançamento.

Pelo que foi apresentado, a missão do Novo C3 será bem diferente daquela do modelo antigo, que ainda tinha um ar premium, que encantava especialmente o público feminino.

Com porte em torno de 4,00 m, ficará abaixo do Fiat Pulse na gama da Stellantis, devendo usar também o motor Firefly 1.3 de até 107 cavalos ou até menos que isso, mas priorizando o torque.

O propulsor 1.6 16V pode continuar, mas o certo seria adicionar o 1.0 GSE Turbo.

3) Fiat 376 Fastback

Já conhecemos o papel do Fiat Pulse no mercado nacional e parece bem-planejado para isso, mas o tal Fiat 376 ou Fastback, promete levar mais estilo à linha de entrada com uma carroceria maior e mais fluida.

Como um crossover-cupê, o Fastback terá a missão de ficar acima do Pulse, mas também deve ser mais democrático, ao usar o motor Firefly 1.3 8V Flex com ou sem CVT.

Tendo um porta-malas maior que os 370 litros do Pulse, com algo entre 420 e 450 litros, o 376 será baseado no Cronos e talvez até seja feito também na Argentina.

No mercado, o alvo é o Nivus, ainda que o Pulse fique longe do T-Cross, mas possa adiantar o sucessor do Gol. Com o Fastback, a Fiat espera ampliar a vantagem sobre VW e GM com preço competitivo inicialmente.

Com marketing pesado, o Fiat 376 deve buscar pelo menos o Top 20 do mercado, já que custará a mais que o Pulse. Ele e este último surgem como sucessores espirituais de Argo e Cronos, respectivamente.

4) Ford Maverick

Ainda que não se saiba seu preço no momento, a Ford Maverick é um player importante no segmento de picapes médias de carroceria monobloco. Pensada para o mercado americano, ela ainda cabe por aqui, ainda que seu posicionamento seja equivocado.

Não será um prdouto barato, visto ser equipada com motor 2.0 EcoBoost de 253 cavalos e tração nas quatro rodas, além de câmbio de oito marchas. Mesmo assim, muito acima das rivais de fato, a Maverick será um produto interessante.

Com outra pegada em relação á Ranger, mais “raiz”, a Maverick atuará especialmente nas cidades, levando um pouco do gosto do campo com uma proposta de maior conforto, ainda que não tenha a mesma eficiência.

Sem a Hybrid, a bela picape de shopping será ainda mais exclusiva e não dará trabalho às mais populares Toro e Montana. Além disso, será importada do México, o que tornará suas vendas menores.

Entretanto, seu motor mais potente e a tração AWD garantirão uma boa performance no asfalto e também no fora de estrada.

5) Renault Kwid elétrico

O mercado brasileiro espera muitos carros elétricos, mas talvez o mais aguardado seja aquele que pode ser o mais em conta do mercado. Ainda que a Caoa Chery prometa preço para seu minicarro, a Renault virá com um produto tradicional.

O subcompacto elétrico pode não só ampliar a rede de atendimento da Renault, como também ser de fato o primeiro carro a ser compartilhado pela marca através do Mobilize.

Lento, ele tem motor elétrico de 44 cavalos e 12,7 kgfm, tendo ainda bateria de lítio de 26,8 kWh, mas isso é suficiente para sua proposta urbana com autonomia de pouco mais de 270 km.

Já com o novo visual do Kwid, o K-ZE deverá ser importado da China, mas seria possível para a Renault trazer de lá somente motor, bateria e comandos elétricos, instalando no modelo nacional.

Isso permitiria reduzir mais os custos e também o preço, assim como se tornar o primeiro carro elétrico de produção seriada no Brasil.

Para fazer essa manobra, a Renault terá que virar a mesa e bater no peito para chamar para si, a responsabilidade de iniciar de fato uma eletrificação de massa no país. Terá coragem?

6) Novo Honda Civic Si

Desde o New Civic Si nacional, a Honda mantém regularidade na comercialização dessa versão esportiva de seu sedã médio, ainda que duas gerações tenham sido de cupês por aqui.

Mais purista, a opção deve retornar em 2022, mas sob a carroceria hatchback ou sedã, já que ambas estão disponíveis na América do Norte. Por ser um carro de nicho, não há temor em apostar no primeiro.

Com transmissão devidamente manual e pedais esportivos, além de uma bela alavanca, o Honda Civic Si da geração 11 chegará com motor 1.5 VTC Turbo de 203 cavalos e 26,5 kgfm.

Tem menos força que o anterior, porém, a Honda teve que se adequar às regras de emissão, mas compensará com recursos de condução mais apurados.

Mantendo o padrão de acabamento com bancos em preto e vermelho-claro, o Si vai botar pressão na turbina para arrancadas vigorosas, dinâmica de condução atraente e bom consumo de combustível, como no anterior.

7) Caoa Chery Tiggo 8 Pro híbrido

A Caoa Chery está expandindo seu portfólio de produtos no Brasil e agora apostará em um híbrido plug-in de alta eficiência energética, lançado recentemente na China, onde tem 230 cavalos combinados.

Do tipo PHEV, o Tiggo 8 Pro terá essa versão com autonomia de 90 km no modo elétrico, o que supõe dispor de bateria de lítio de 15 kWh ou mais. Isso é bem acima da média dos plug-ins que rodam 50 km.

Além disso, para ter essa eficiência, conta com três motor elétrico de boa potência para manter o SUV de sete lugares num desempenho excelente, indo assim de 0 a 100 km/h em 5 segundos.

É uma aposta da Caoa Chery que colocará o Tiggo 8 Plus PHEV como um rival direto do Jeep Commander, ainda mais que terá coisas como cluster-infotainment de 24 polegadas e pacote ADAS+.

Também dispõe de faróis adaptativos, interior luxuoso e ar condicionado com comandos no banco traseiro, inclusive com purificador de ar PM2.5 com ionizador de ambiente.

Seu motor 1.5 TGDI garantirá a força adicional e a recarga quando não estiver plugado na fonte externa. Com o “marketing” da CAOA, o Tiggo 8 Plus PHEV será algo interessante no mercado.

8) Kia Niro híbrido

O Kia Niro de nova geração foi revelado com uma proposta de estilo bem ousado e deve agradar muita gente aqui no Brasil. Com chegada programada para 2022, o crossover ganhou uma cara mais de SUV.

Inspirado no conceito HabaNiro, o Niro 2022 chega com conjunto ótico bem expressivo, assim como as linhas do produto, que enaltece as colunas C, ousadamente pintadas em cor diferente.

Nelas, ficam embutidas as estreitas lanternas em LED, que praticamente são como luzes laterais. Por dentro, apresenta telas digitais num mesmo plano, tanto para cluster quanto para infotainment.

Como um “Prius” da Kia, o Niro não tem versão a combustão tradicional, sendo um híbrido comum, assim como também tem versão plug-in e um totalmente elétrico. Aqui, o grupo Gandini vai focar no primeiro.

O motivo é a infraestrutura, mas a Kia ainda não revelou possíveis mudanças no conjunto propulsor, que antes tinha um 1.6 GDi de 105 cavalos e um motor elétrico de 43 cavalos.

9) BYD Han

O modelo é considerado um rival direto do Tesla Model 3, porém, apenas em preço, pois o sedã tem porte de Model S. Ele, o BYD Han, será uma proposta interessante num mercado dominado por SUVs.

Com quase 5 metros, o sedã executivo da marca chinesa será uma experiência diferente, visto ser um carro com autonomia de mais de 400 km, muito espaço interno e proposta de luxo.

Ainda assim, totalmente elétrico, apresenta desempenho de superesportivo, com 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, tendo para isso 487 cavalos e tração nas quatro rodas.

Seu irmão BYD Tan já está no mercado, mas a proposta de sedã grande é bem mais interessante que mais um SUV de porte grande num mercado já cansado de tanto utilitário esportivo.

O modelo deverá custar entre R$ 400 mil e R$ 500 mil, através de uma rede própria da BYD. Na China, ele também tem uma variante híbrida, mas a aposta da empresa é mesmo na energia 100%.

10) Jeep Gladiator

Outra novidade que chega em 2022 é a picape Jeep Gladiator, que busca ampliar a gama do utilitário 4×4, o Wrangler. O produto tem como característica uma caçamba grande e porte de 5,53 m de comprimento.

Com 3,49 m de entre eixos, a Gladiator tem cabine dupla espaçosa e bem com as mesmas características off road do Wrangler, com pneus todo-terreno, suspensão reforçada e para-choque com ganchos.

Versátil, pode ter o teto removido, assim como toda a cobertura da cabine, deixando apenas uma gaiola de proteção interna. Até mesmo o para-brisa pode ser baixado ao gosto do proprietário, como no Jeep clássico.

Tendo tração nas quatro rodas, ele emprega modos de tração com reduzida, bloqueio do diferencial e desligamento automático das barras de estabilização dianteira e traseira.

Com transmissão automática de oito marchas, o Jeep Gladiator tem uim diferencial importante em relação ao Wrangler, a motorização.

Aqui no Brasil, o utilitário da Jeep tem motor Hurricane 2.0 Turbo de 274 cavalos a gasolina, mas a Gladiator só dispõe do conhecido Pentastar 3.6 V6 de 280 cavalos.

Outra opção é o V6 diesel 3.0 da VM Motori com 264 cavalos, sendo uma opção interessante, mas dado o foco no lazer, provavelmente virá com o V6 citado acima.