18/08/2021 09:29:00

Qual é a diferença entre seminovo e usado?

Confira:

Por instacarro.com

A classificação dos carros do mercado quanto ao uso se dá em três categorias. O primeiro tipo é o carro novo, o famoso “zero quilômetro”, aquele que acabou de sair da fábrica. Além dele, há os carros usados e seminovos, duas categorias distintas, mas que muitas vezes são confundidas.

Nesse cenário, é crucial conhecer as diferenças entre ambos para realizar uma boa compra ou venda de veículos. 

Neste post, esclarecemos tudo sobre carros usados e seminovos. Leia e tire suas dúvidas!

Que fatores distinguem carros usados e seminovos?

Tempo de uso

Por definição, a venda de seminovo é caracterizada quando o automóvel tem até 3 anos. É importante notar que o período se refere ao tempo de fabricação, e não ao de uso.

Com isso, imagine um veículo fabricado e comprado em 2015, como zero-quilômetro. Até 2018, ele será considerado um seminovo.

Se o carro tiver sido comprado em 2015, mas fabricado em 2014, será classificado como um usado — mesmo que tenha um tempo de uso igual ao do outro caso.

Número de donos

Os carros usados apresentam, na maioria das vezes, mais de três anos de fabricação e, geralmente, já tiveram mais de um proprietário.

Os carros seminovos, por sua vez, apresentam, ainda, menos de três anos de fabricação e apenas um dono.

Quilometragem

Quanto maior for o seu uso, maior é a depreciação, o que leva à classificação como usado.

Para criar um limite justo, o carro deve ter até 20 mil quilômetros rodados por ano. Se foi fabricado há dois anos, por exemplo, o máximo é de 40 mil. Com essa classificação, é possível evitar a venda de seminovo que já rodou em excesso, pois ele será classificado como usado.

Estado de conservação

Naturalmente, um automóvel usado denota uma conservação menor que a de um seminovo, certo? Portanto, o estado do veículo também serve para determinar em qual linha o carro será enquadrado.

Quando o estado de conservação deixa a desejar, como com a lataria amassada ou com vários arranhões, pode ser que seja considerado usado — mesmo que atenda aos outros requisitos. Isso porque o novo proprietário precisará gastar com manutenção e reparos, além de a experiência de compra ser prejudicada.

Preço

Todos esses fatores levam a uma das principais distinções entre as classificações: o preço. Em geral, um veículo seminovo é mais valorizado justamente por ser a opção mais próxima de um zero-quilômetro.

É comum que o valor de um seminovo seja maior que o de um usado. Contudo, é fundamental observar as características antes de fazer a comparação. No mesmo modelo, um seminovo sem itens de conforto como ar-condicionado e multimídia, por exemplo, certamente será vendido por um preço menor que o mesmo modelo usado com esses itens

Se o seminovo teve a produção descontinuada, se a manutenção é cara ou se existe algum problema, ele provavelmente será mais barato que um usado semelhante. Da mesma forma, modelos melhores de usados têm um custo maior que o dos seminovos básicos.

Procedimentos para realizar a venda de seminovo ou usado

Depois de enquadrar o seu veículo como seminovo e de reconhecer os pontos necessários para definir o preço, é hora de partir para o processo de venda. Ao final, você terá o dinheiro justo pelo carro e poderá usar o montante até para comprar um novo, se assim desejar.

Para ter sucesso, é preciso passar por uma etapa específica e com algumas características burocráticas. Ao saber o que deve ser feito, entretanto, fica fácil encarar o processo corretamente. A seguir, veja quais são os 5 procedimentos para a concretização da venda:

1. Regularização dos documentos

Para que toda a etapa seja feita sem problemas para nenhuma das partes, é fundamental que tudo esteja regularizado. Para tanto, os documentos do veículo e do vendedor devem estar em dia.

Quanto ao automóvel, verifique se há multas pendentes, se a vistoria junto ao DETRAN permanece válida e se existe algum débito, como do IPVA. Deixar tudo organizado facilitará a venda e, inclusive, contribuirá para que o veículo seja um pouco mais valorizado.

Quanto aos documentos do vendedor, é preciso reunir CPF, RG, certidão de nascimento ou de casamento e certidão negativa de tutela ou de outros impedimentos de venda do patrimônio.

2. Elaboração da oferta

Em seguida, é o momento de fazer uma oferta consistente com o veículo, suas características, o mercado e os interesses. Novamente, a tabela Fipe serve como uma importante referência, já que determina, na média, quanto o item vale.

A oferta deve ser clara, conter todas as informações relevantes e ser direta ao ponto. Defina questões como forma de pagamento, prazo de entrega e valores envolvidos. Assim, atrair o comprador é menos complexo.

3. Captação de interessados

Não serve ter uma boa oferta e ninguém interessado em aproveitá-la. Para realizar a divulgação, vale a pena fazer uma captação ativa de possíveis compradores, como ao buscar revendedores e locais com feirões de seminovos.

Caso pretenda procurar uma pessoa física para realizar a compra, prefira indivíduos com indicação, como amigos, conhecidos ou gente que tenha alguma relação com quem você conhece. Isso evita golpes e diminui os riscos de sofrer com algum tipo de violência ou ameaça.

4. Negociação de venda

Em seguida, é o momento de realizar a negociação da venda. É muito comum que a primeira oferta não seja aquela que é aceita, então é preciso debater valores e condições até que ambos estejam de acordo.

Nesse momento, tome cuidado para não terminar com uma venda por um valor muito abaixo do que o carro realmente vale. É conveniente utilizar técnicas de persuasão, além de demonstrar por que o item vale o quanto é cobrado por ele.

Também pode ser nessa etapa em que é feita a devida vistoria. O processo é indispensável para garantir a segurança da venda e gerar a certeza de que o comprador sabe, exatamente, o que levará ao finalizar a aquisição.

5. Transferência do veículo

Depois que as partes chegarem a um acordo, é o momento de realizar a transferência de propriedade do bem, que é fundamental para a segurança de ambos.

Graças à transferência, quem compra tem a posse do veículo e quem faz a venda de usado ou seminovo se livra da responsabilidade legal.

O passo é feito por meio do recibo de venda, como é conhecido o Certificado de Registro do Veículo (CRV). Ele precisa ser preenchido de maneira completa e correta, e é exigida a comunicação da transferência junto ao DETRAN.

No geral, o processo de comunicação ocorre por conta do comprador, que faz o pagamento de uma taxa. É importante ficar de olho se tudo foi cumprido conforme o esperado. Ao final, a posse é definitivamente transferida e registrada, o que leva à conclusão da fase.

Fatores determinantes para a venda de usado ou seminovo

Peças originais ajudam o vendedor na hora vender o carro.

O valor depende de alguns fatores, já que nem todo veículo com a mesma idade terá um custo igual. Ao conhecer os aspectos, inclusive, será mais fácil chegar a um custo justo para a hora da venda.

Entre os pontos que exigem atenção, estão:

Tabela Fipe

A principal referência de valores para carros usados e seminovos é a tabela Fipe. Esse indicador é calculado pela média do preço de venda dos veículos de forma nacional, além de levar em consideração elementos como a depreciação e a correção monetária.

Como inclui uma metodologia robusta e um volume de dados muito grande, a tabela serve como a principal referência quanto aos custos. Além de ser feita pela FIPE, uma organização sem fins lucrativos de estudo e acompanhamento da economia, ligada ao departamento de economia da USP

Mesmo que o valor cobrado não seja idêntico ao apresentado na tabela, ela serve para evitar grandes distorções e desvios, além de melhorar o poder de negociação.

Cor

Nem todo mundo sabe, mas as cores de carro são determinantes para o montante de venda. Prata e branco, por exemplo, são alternativas populares. O preto e o cinza não ficam atrás, já que oferecem um visual clássico e muito funcional.

No caso do branco, entretanto, a popularidade é acompanhada de um preço menor. Em geral, é a versão mais barata, em comparação às outras neutras. Enquanto isso, um veículo prata consegue elevar o seu valor de maneira substancial.

Os coloridos, por sua vez, podem ter alguma rejeição. Os vermelhos são bem-aceitos, mas outros tons prejudicam a valorização. Se o seu carro tem uma cor excêntrica, portanto, é provável que o preço de venda seja reduzido.

Estado de preservação

Um veículo que esteja com a manutenção em dia, com todas as peças originais e com os bancos preservados, por exemplo, terá um bom percentual de valorização. Paralelamente, aquele que precisa de manutenções frequentes levará a custos maiores, e a venda, portanto, é desvalorizada.

Modificações

Mudar as rodas, rebaixar o carro ou até fazer uma pintura especial são fatores de desvalorização — e não o contrário.

O uso de peças não autorizadas e a substituição de itens originais também conta negativamente. Para ter o melhor desempenho na venda de seminovo, portanto, o ideal é evitar essas transformações.